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Câncer de colo do Útero: um tumor Evitável e Curável.

O câncer do colo do útero ocorre principalmente em países menos desenvolvidos (86,5% dos casos), sendo o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo e a segunda causa mais comum de morte e câncer na população feminina em países de baixa e média renda. A mortalidade varia em diferentes regiões do mundo, com taxas variando de menos de 2 por 100.000 mulheres

na Ásia Ocidental a 27,6/100.000 na África Oriental.

No Brasil, o câncer do colo do útero é a terceira causa em incidência e a quarta em mortalidade, valores intermediários em relação aos países em desenvolvimento, porém elevadas quando comparadas às de países desenvolvidos com programas de detecção precoce bem estruturados.

Em 2018, ocorreram 6.526 óbitos por essa neoplasia no Brasil, representando uma taxa ajustada de mortalidade por este câncer de 6,10/100 mil mulheres. Entretanto, em algumas regiões (Norte, por exemplo) esta taxa duplica. Interessante trazer à baila que mesmo com todas as campanhas de prevenção do câncer do colo de útero com a utilização da citopatologia do colo do útero, a taxa de mortalidade, praticamente, não sofreu nenhuma alteração nos últimos quase 40 anos.

Quando fazemos uma análise regional no Brasil, o Câncer do Colo do Úteroestá em primeiro lugar na região Norte (26,24/100 mil), segundo na região Nordeste (16,10/100 mil), terceiro na região na região Sul (12,60/100 mil), quarto na região Centro-Oeste (12,35/100 mil), e quinto na região Sudeste (8,61/100 mil) 43° No ranking de mortalidade por essa doença, é a principal causa de óbito no Norte (12,12/100 mil), inclusive sendo a única região com tendência temporal de crescimento, segunda causa no Centro-Oeste (6,43/100 mil), terceira no Nordeste (6,30/100 mil), quarta na região Sul (5,07/100 mil) e quinta na região Sudeste (3,71/100 mil).

No Brasil, esse rastreamento é realizado pelo exame citopatológico (Papanicolau). Entretanto, ainda é um grande desafio fazer um rastreamento organizado e o tratamento adequado de todas as lesões pré-malignas diagnosticadas em nosso meio.

Ao término do século 20 observou-se uma considerável redução na incidência de câncer cervical e na mortalidade relacionada a ele nos países desenvolvidos. Esse episódio ocorreu devido a implementação sistemática, nesses países, de um Programa de Screening para o câncer cervical. Esses programas dependem de triagens citológicas repetidas com certa frequência e exames auxiliares, necessários para a confirmação da doença (Teste DNA HPV – Papilomavírus humano).

É uma doença prevenível e nenhuma mulher deveria morrer por esta moléstia, visto que pode ser detectado precocemente e tratado de forma eficaz.

Um plano de ação correto e eficaz deve ser urgentemente adotado, com a finalidade de melhorar a eficácia e a organização dos programas de rastreamento, sistemas de informação e registro de câncer. Não podemos deixar de ressaltar a importância em fortalecer a prevenção primária com as vacinas contra o HPV e campanhas de informação e educação.

Para redução do câncer, o plano de ação no Brasil inclui o rastreamento preventivo do câncer do colo do útero por meio do exame citopatológico (Papanicolau). As recomendações para a realização do exame são: Iniciar o rastreamento a partir dos 25 anos de idade; realizar o exame anualmente; após dois exames normais consecutivos, o intervalo entre as coletas passa a ser de 3 anos. O rastreamento deve ser feito até os 64 anos.

A nova diretriz para o rastreamento do câncer do colo do útero inclui o teste de DNA como método de triagem para identificar mulheres com HPV positivo.

Salientamos também a importância vital da vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV) nas meninas e meninos entre 9 à 14 anos de idade, pessoas vítimas de violência sexual, lembrando que a vacinação também previne uma outra forma crescente de câncer, o câncer anal e oral.

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